O transporte rodoviário representa cerca de 70% de todo o escoamento de cargas que circulam pelo país. No entanto, as transportadoras enfrentam diariamente os desafios da precariedade das rodovias brasileiras. O Brasil conta com uma malha rodoviária de 1.720.607 quilômetros, mas somente 213.299 quilômetros são pavimentados, ou seja, apenas 13% de toda essa extensão, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).
O Brasil também não ocupa uma posição satisfatória no ranking de competitividade global do Fórum Econômico Mundial. A qualidade das nossas rodovias encontra-se na 121ª posição dos 140 países analisados, atrás do Chile (45ª), Uruguai (95ª), Argentina (108ª), Bolívia (109ª) e Peru (111ª). Em uma avaliação de infraestrutura rodoviária, em que se utiliza notas que variam de 1 (extremamente subdesenvolvida – entre as piores do mundo) a 7 (extensa e eficiente – entre as melhores do mundo), o Brasil recebeu a nota 2,7.
Diante desta realidade, é impossível escoar as riquezas aqui produzidas, ou mesmo atender às exigências dos compradores, se a ineficácia do modal rodoviário faz as indústrias e os produtores perderem prazos de embarque e as mercadorias estragarem ou serem desperdiçadas durante o transporte. A soja produzida no estado do Mato Grosso, por exemplo, que poderia ser transportada por trem, caso o modal ferroviário realmente atendesse às necessidades para desafogar as estradas, hoje é praticamente estocada em caminhões, que servem de depósitos sobre rodas. […]
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